sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mães morrem quando querem...

Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender.... 

"Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva - foi quando ela não só me curou da ressaca... 

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição.
Entrara na faculdade,iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna.....

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão...
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem.
Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho 'mãe' se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado 'avó'....

Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar...Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer....

Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre...."

                     Você sempre será um bebê para sua mãe, então aproveite esses momentos para pedir um colo!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário